O ar como
material aerodinâmico é a matéria prima para a fonação. A função vital da
respiração é a troca gasosa, mas quando a utilizamos para produção do som,
considerando o efeito Bernoulli na parte superior do percurso em níveo
supraglótico, entenderemos que a eficiência para aumento do níveo de pressão
sonora depende de um aumento de pressão expiratória, com isso não estamos
falando apenas de uma atividade de troca involuntária do ar em nosso dia-a-dia,
e sim, de um mecanismo intencional, aumento de força expiratória. Mas uma
adaptação do ser humano, função vital em prol da eficácia vocal.
“Á medida que
os pulmões inflam, os músculos da inspiração diminuem sua atividade de maneira
gradativa, colocando em ação as forças passivas da expiração.” (PACHECO &
BAÊ, Equilíbrio Entre o Corpo e Som, 2006)
O aumento da
pressão expiratória resultará no aumento da pressão subglótica, levando ao
aumento de massa, musculatura adutora em ação, aumento de pressão sonora sem a
necessidade de desgaste vocal, e com a passividade das estruturas
supralaríngeas acontecerá à amplificação sonora, temos assim a emissão vocal.
Foi buscado
proporcionar um condicionamento vocal para o aluno Jair, primeiramente
proprioceptivo sobre as hipersinesias desnecessárias e sobre a relação com a
qualidade rugosa na fala e no canto. Gradativamente temos conseguido
estabilidade laríngea para ganho de projeção sem desgaste. Jair é corista, tem
demanda vocal, principalmente pelo repertório da missa ser consideravelmente
extenso e a solicitação de volume pelo regente ser ativa. Dois pontos cruciais
para o trabalho sistematizado de projeção vocal para preservação de
comportamento vocal prejudicial e desgaste.
Maxwell Silva
Pesquisador e Coach Vocal
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