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É percebível no público leigo nesse assunto, certa dificuldade em
entender a relação entre os problemas da voz e os procedimentos necessários
para tratar, e entre esses a função do fonoaudiólogo nas diversidades de
quadros problemáticos da voz. Em contra partida qual é o tratamento mais
eficaz, entre o medicamentoso, cirúrgico ou terapêutico? Nesse último, a
importância do fonoaudiólogo. Na verdade nenhum atua isoladamente e todos os
procedimentos se complementam entre si. Meditando sobre o caso da Ziza Fernandes,
cabe a pergunta: Mesmo com as pregas vocais (fonação) debilitadas ela consegue
continuar com sua atuação no canto? E como fica a saúde? Bem, na verdade
existem casos e casos. Nós temos estruturas acima das pregas vocais que muitas
vezes são usadas erroneamente, fazendo com que aconteça uma compensação para
emitir determinado som, isso é característico do envelhecimento vocal. No
aparelho fonador saudável isso não entra em uso, a não ser em ajustes
específicos para determinado efeito vocal. Já com fins sistemáticos e
terapêuticos, esses ajustes podem ser utilizados para compensar de forma
positiva uma fonação debilitada. Refiro-me, ao que chamamos de ajustes
supraglóticos, que não tem só relação com a porção superior da laringe, mas
também com as estruturas faríngeas, proporcionando a ressonância eficaz para
emitir a voz cantada sem agravar uma disfonia, nesse caso, já identificada e determinada.
Tudo isso formam uma base científica justificando que a voz não é só
intuição, ela depende essencialmente de mecânica fisiológica, junto com a
consciência das sensações corporais (propriocepção) para ser usada.
Gostaria de concluir expressando que o objetivo de uma assessoria clínica
vocal não é só a preservação da saúde, pois, quando se trata de um profissional
da voz, entra em questão o aperfeiçoamento da estética vocal. Isso justifica
que as ferramentas da técnica vocal, sob orientação profissional é a forma mais
eficaz de remediar uma disfonia funcional, claro que, não é o caso da Ziza, mas mesmo
assim temos aí, um exemplo que a voz não tem limite! E que as impossibilidades,
podem ser trabalhadas, descobrindo assim uma compensação favorecedora e não
geradora de agravamento do problema.
Maxwell Silva
Pesquisador e Coach Vocal
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