“Nos sons de forte intensidade,
deve ocorrer maior dilatação do trato vocal, evitando-se constrições parciais
do trato, prejudiciais a emissão.” (OLIVEIRA, Valéria Leal et al. S/D, Temas em
Voz Profissional)
Ao projetar a voz dependemos da
fonação, e essa por sua vez depende de dois fenômenos básicos: Fechamento de
Prega vocal (Coaptação glótica) e Aumento de pressão de ar nas pregas vocais
(Fluxo aereodinâmica subglótico). Associado a isso precisamos ter consciência
que os espaços por onde o som fonatório percorre precisam estar favoráveis, ou
seja, alargados/dilatados. (Confira esse post, onde falei melhor sobre
projeção: http://aulascoachmax.blogspot.com.br/2016/04/a-projecao-vocal-o-poder-da-voz.html).
Segundo Mulher não é necessário
que haja muito volume na voz, mas sim expressividade e boa dicção, o que é comprovado
por Hamam, Capiotto, e Gutiérrez ao afirmarem que o mais importante é as
palavras serem precisamente bem articuladas, transmitindo expressividade.
(PINHO, Sílvia M. Rebelo et al. 2007, Temas em Voz Profissional).
A expressividade em si já dar
sentido a técnica de sobrearticulação, fornecendo melhor clareza ao falar e
diminuição do esforço, pois o som não precisará de tensão á nível cervical para
ser projetado. Em contra partida gostaria de frisar na necessidade de um
aperfeiçoamento proprioceptivo referente às determinadas “forças”
excessivamente usadas ao cantar, falar em público (Para várias pessoas,
independente que seja com o microfone ou não) e utilizar a voz para encenar
(Teatro), para desativação dessas contrações, consideravelmente desnecessárias
no ato fonatório é sugerido trabalhar a ressonância vocal, que dará a
devolutiva necessária ao consciente, ao sentir a voz com brilho e nitidez, sem
cansaço.
SUGESTÃO DE EXERCÍCIOS:
Sobrearticulação das vogais nessa ordem: A, E, Ó, ô, i, u e em seguida a
técnica do humming. Após, transitar do som em humming para todas as vogais.
FISIOLOGIA BÁSICA DO GRITO “SEM
TÉCNICA”
De acordo com Oliveira, quando o
grito é produzido sem técnica vocal podemos observar forte fechamento glótico,
constrição das pregas ariepiglóticas, forte tensão das paredes laterais e
posteriores da faringe e retração da língua. (PINHO, Sílvia M. Rebelo et al.
2007, Temas em Voz Profissional).
Maxwell Silva
Pesquisador e Coach Vocal